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Cântico dos Cânticos

Sinopse

Esta encenação tem como objectivo ou pretende agrupar Texto e Música Antiga, sublimando estes elementos, tentando se possível dar uma forma mais cristalina à Palavra, fundindo-a com o próprio espaço.
Cinco actores, quatro personagens; Todas as Leituras a que assistimos têm-se baseado nas duas figuras do “Noivo” e da “Noiva”, sendo que o “Cântico dos Cânticos”  nos invoca também outras vozes e intervenções, tais como o “Amigo”, “Elas” e os “Irmãos”, dando-nos uma possibilidade mais cénica da interpretação do poema.
Tratando-se de uma comemoração, de um Cântico Nupcial, onde está obviamente presente o amor em toda a sua latitude e onde a luz é uma certeza, pretendemos usar a Música Antiga ao vivo como canal de comunicação entre a Palavra e o Público.



Âmbito do Projecto

O Título do “Cântico dos Cânticos” representa em hebraico uma fórmula de superlativo, significa o mais belo dos Cânticos ou Cântico Maior, coincidindo com as duas primeiras palavras do texto. Nessa espécie de introdução, muito sumária, a autoria do livro é atribuída a Salomão, como acontece com os “Provérbios” e a “Sabedoria”.
Não sendo verosímil, tal atribuição exprime a fama de sábio que o antigo rei conservou na tradição hebraica.
Apesar da grande antiguidade do tema da Poesia Lírica nas culturas orientais, os eruditos tendem actualmente a situar a origem do texto na época pós-exílica recente, possivelmente na Palestina.
É universalmente aceite que o código utilizado para escrever o “Cântico dos Cânticos” é o de um epitalâmio ou cântico nupcial.
Neste género literário, e nesta obra em concreto, estão presentes os modelos de poesia lírica que floresceram no Próximo-Oriente antigo, tanto na Mesopotâmia, como no Egipto. Talvez este último tenha servido particularmente de modelo para o autor hebraico de o “ Cântico…”. Derivará ele das canções de divertimento egípcias?
Teodoro de Mopsuéstia tinha alguma razão quando o descrevia como encenação literária das núpcias de Salomão com uma filha do Faraó.
É aqui que a nós, TEatroensaio, nos interessa chegar, à criação desta Leitura Encenada e Musicada.
Com a óbvia Filosofia do trabalho sobre a “Palavra” e a partir da mesma, este é um texto incontornável para nós. Além de estar localizado (digo isto pessoalmente) entre dois dos mais belos livros, Eclesiastes e o Livro de Isaías.



Programa Musical

A Virgem, que Deus madre éste Cantiga de Santa Maria 322
Si verias Bulgária
Che ti zona nascondere Ballata Anonima (XIX) - Codex Vaticano Rossi (Séc XIV)
A la una yo naci Sarajevo
Noumi, Noumi Yaldatii, Berceuse hebraique Israel
Ondas do Mar de Vigo Cantiga d'Amigo - Martin Codax (Séc. XIII)
Pesar á Santa Maria Cantiga de Santa Maria 183
Üsküdara gider iken Istambul
Cantiga 248 Afonso X el Sabio
Quena Virgen ben servir Cantiga de Santa Maria 59
Per tropo fede Ballata Anonima (XXII) - Codex Vaticano Rossi (Séc XIV)

Locais:

•  23 e 24 de Novembro de 2011, Mosteiro de São    Bento da Vitória, Porto.
•  21 de Dezembro de 2011, Auditório Vita, Braga.

 

Ficha Artística:
Tradução: José Tolentino Mendonça
Encenação: Pedro Estorninho
Direcção Musical: Carmina Repas Gonçalves
Interpretação:
Actores: António Durães, José Eduardo Silva, Inês Leite, Julieta Guimarães, Helena Carneiro.
Músicos: Antony Fernandes (säckpipa, kaba gaida, flauta de harmonicos), Carmina Repas Goncalves (viola da gamba, voz), Rui Silva -(Percussões)
Desenho de Luz: Romeu Guimarães
Figurinos: Inês Mariana Moitas
Cenografia: Paulo Barrosa
Vídeo: Eduardo Morais
Produção: TEatroensaio



Ficha Técnica:
Direcção Artística: Pedro Estorninho
Direcção de Produção: Inês Leite
Direcção Técnica: Romeu Guimarães
Edição e Comunicação: Pedro Ferreira
Execução Cenografia: Carla Rodrigues, Paulo Barrosa

Operação Luz e Som: Diana Correia
Operação de Vídeo: Eduardo Morais
Apoio Dramatúrgico: Gil Costa Santos

Fotografia: João Tuna

Ilustração: Paulo Barrosa

Design Gráfico: Joana Monteiro
 

Apoios: Teatro Nacional de São João, Moagem CERES S. A. , IEFP-IP Cace Cultural do Porto, Sr. Nicolau Ornelas - Ornelas Artigos Religiosos
 

Parcerias: Cace Cultural do Porto IEFP-IP, Esmae-IPP, Deriva Editores
 

Agradecimentos: Ana da Palma, Jorge Delmar, Dom Manuel Clemente, Pe. Miguel Ângelo Pinheiro Gomes.

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