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O Teatro, A Carta e A Verdade

Sinopse:

A Peça - O Teatro, A Carta e a Verdade
“Quem quiser ser entendido, não dê explicações!”
Diderot, O Paradoxo do Comediante


Na história de Mulisch, que apresentaremos em forma de peça teatral, a trama da narrativa espelha os acontecimentos que tiveram lugar em 1987, na Holanda.
Aquando da produção da peça de Fassbinder, Der Müll, die Stadt und der Tod (O lixo, a cidade e a morte) surgiram enormes protestos por esta ser entendida como anti-semita, o que veio a tornar-se um enorme escândalo no mundo do teatro holandês da época. Um actor, Jules Croiset, que protestara contra a encenação da peça, afirmou ter recebido cartas ameaçadoras por causa destes protestos, e acabaria por ser aparentemente raptado, só para ser encontrado no dia seguinte.
Na verdade, e como se veio a saber depois, Croiset escreveu ele próprio a carta com ameaças e encenou o seu próprio rapto.
Neste texto teatral Croiset é Herbert, a personagem principal que chora a morte da mulher. O Teatro, a Carta e a Verdade é um episódio perturbadoramente fascinante, apresentado de forma completamente original. A peça explora as possibilidades do teatro, do fingimento e a fusão/afastamento do actor em relação à vida real. É uma constante interrogação sobre se o que estamos a ver realmente está a acontecer ou se é farsa. Quem é quem? Quem está vivo? Quem está morto? Quem é ele? Herbert ou o actor? Um Teatro? Onde acabará a Literatura e começará o Teatro? Meta-Teatro no seu estado mais puro.
A partir da Adaptação Dramatúrgica e Encenação de Pedro Estorninho, podemos explorar as ténues linhas entre discurso literário e teatral, jogar ao teatro como jogo de possibilidade infinitas.
Como a palavra se desdobra sempre em novas possibilidades na boca e corpo do actor, também o actor se pode desdobrar em infinitas formas.
O espectáculo surge-nos como forma de partilharmos esta experiência em cada novo encontro com cada novo público, contribuindo para a recriação de cada um, de todos nós.

Local:

• Oficina 1, Cace Cultural do Porto, IEFP, de 01 a 10 de Abril, 2011.

Ficha Artística:

Texto: Harry Mulisch;
Tradução: Victor Pinto;
Adaptação Dramatúrgica e Encenação: Pedro Estorninho
Interpretação: Clara Nogueira, Cristovão Carvalheiro, Inês Leite, Ivo Luz, José Topa
Desenho de Luz: Romeu Guimarães

Produção: TEatroensaio



Ficha Técnica:

Operação de Luz e Som: Ivo Luz

Fotografia: Pedro Ferreira


Apoio: Embaixada dos Países Baixos

 

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